Agro

Vacina contra brucelose é gratuita a pequenos produtores

Emater e SDR fornecem as doses contra a doença, que atinge principalmente os bovinos; imunização deve ser aplicada em terneiras entre os três e os oito meses

Em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SDR), a Emater realiza a vacinação contra a brucelose para terneiras de pequenos produtores de Pelotas. A zoonose bacteriana afeta principalmente os bovinos, traz problemas reprodutores aos animais e pode atingir os humanos, causando febre, dores de cabeça e calafrios. Por lei nacional, as terneiras devem ser vacinadas entre os três e os oito meses de idade, antes de entrar no período reprodutor. A Emater faz o mapeamento na região e encaminha à SDR, que fornece as doses aos pequenos produtores. Como a vacinação deve obrigatoriamente ser feita por veterinários, os dois órgãos visitam as propriedades para a prestação do serviço. Até o momento, foram imunizadas 350 terneiras no município.

Nos bovinos a brucelose é causada pela bactéria Brucella abortus e é propagada pelas vias sanguínea e reprodutora e, especialmente no inverno, quando os animais acabam ficando reclusos em celeiros fechados, pelo ar. Nas vacas, a doença ocasiona abortos no terço final de gestação, retenção da placenta, falhas na reprodução e perda de produtividade. Nos machos, os sintomas são inflamação nos testículos e os animais podem ficar estéreis.

Conforme lei nacional, o período obrigatório de vacinação nas terneiras é dos três aos oito meses de idade. O veterinário da Emater, Marcelo Souza, explica que depois deste período pode haver multa aos produtores e a movimentação de animais da propriedade é trancada, até que a situação seja regularizada. Caso o período seja perdido, há uma outra vacina - mais cara - para animais acima dos nove meses. No entanto, quanto mais tardiamente, mais chances de haver contaminação. Os animais contaminados precisam ser abatidos.

A contaminação nos animais se dá principalmente pela via sanguínea. Quando há um aborto espontâneo no campo, os animais podem lamber o sangue do feto, contanimado pela doença. Nos humanos, pode acontecer pelo consumo de leite contaminado e não pasteurizado ou pela carne crua ou mal passada. 

“A gente sempre procura conscientizar o produtor que o ideal é trabalhar dentro da lei. Diminui custos e evita que os animais sejam perdidos”, diz Marcelo. Para minimizar os casos de contaminação em humanos, a recomendação é que os produtores utilizem luvas nos partos e no trato de recém nascidos. Nas pessoas, o sintoma da doença surgem e em 3 ou 4 dias somem. Depois, voltam a aparecer, até que o tratamento – dois meses de antibiótico – comece. “Recomendamos que os produtores que tenham esses sintomas deixem claro aos médicos que lidam com o sangue dos animais, para que o diagnóstico seja mais fácil”, explica Marcelo.

Onde agendar?
Os produtores familiares devem entrar em contato com a Emater, pelo telefone 3225-5955, ou diretamente com a SDR. As vacinas e o serviço são gratuitos. É cobrado apenas R$ 1,00 pela marcação dos animais vacinados.

Os frascos com 15 doses da vacina para terneiras de três a oito meses custam R$ 20,00. Para terneiras acima de nove meses, o frasco com 25 doses sai por R$ 115,00.

A doença no Estado e na região
Estado: focos 3,54% (propriedades positivas)

Zona Sul: focos 6,67% (propriedades positivas) - está presente em sete de cada 100 propriedades

Animais vacinados no RS em 2017: 1.108.656 terneiras (84%)

Propriedades em saneamento no RS: 270

Na região de Pelotas, oito focos foram saneados

* Dados fornecidos pelo Programa Nacional de Controle e de Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal

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